terça-feira, 2 de agosto de 2011

Caretas e Tabaqueiros fazem cortejo de despedida do Pernambuco Nação Cultural, em Triunfo

                                                                                                               Por: Simião Paulino

 
Triunfo começa a se despedir do Festival Pernambuco Nação Cultural. Durante o penúltimo dia de programação, moradores e turistas puderam acompanhar caretas e tabaqueiros em um cortejo nas ruas da cidade. O frevo, tocado pela Orquestra Isaías Lima, confirmou a tradição levando lembranças carnavalescas ao Sertão do Pajeú.

A paraibana Josélia Pereira tem assistido a todas apresentações do festival, e garante que o desfile foi a mais emocionante para ela. “Estou fascinada com a expressão cultural do nosso povo. O colorido, o ritmo e a alegria dessas pessoas me encataram. Momentos como esse que me fazem ter ainda mais orgulho de ser nordestina”, vibrou.

Divididos em grupos chamados de trecas, os caretas são os principais personagens do carnaval triunfense há mais de 100 anos. Segundo Abraão Alves de Almeida, careta há 30 anos, a festividade começou no Natal, quando dois Mateus de um reisado se embriagaram durante a apresentação e foram proibidos de participar da manifestação. Eles vagaram, inconformados, fantasiados pelo município, fazendo barulho com um chocalho e um chicote, o relho. “Os adolescentes viram e gostaram. No carnaval, repetiram a brincadeira na rua”, acrescentou.

Eles usam fantasias da cabeça aos pés. Máscaras feitas de papel, cola a base de goma e amido de mandioca, chapéu de palha, relho e a tabuleta, onde escrevem ditados populares. “.

Já os tabaqueiros são de Afogados da Ingazeira. A tradição começou junto com o carnaval de rua. Eles se escondem por trás de máscaras e roupas extravagantes para evitar o reconhecimento. Os primeiros personagens confeccionavam suas máscaras com papel e grude, e também saíam às ruas fazendo barulho com chocalhos e relhos. Benjamim Almeida, a 31 anos tabaqueiro, realiza um trabalho de resgate na cidade. “A modernidade foi chegando e aderimos as máscaras estilizadas, de borracha e outros materiais. Realizamos oficinas e palestras para conscientizar as pessoas sobre a importância de manter a tradição como ela é. Valorizar as nossas raízes”, destacou.




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